Utilização de esponjas de colágeno com gentamicina como prevenção de infecções de parede em laparotomia de linha média em equino
Relato de caso clínico
DOI:
https://doi.org/10.29155/VET.60.222.7Palavras-chave:
Laparotomia, Infecção de sítio cirúrgico, Esponja de colágeno, Gentamicina, BiotransportadorResumo
A Síndrome do Abdome Agudo Equino (SAA) é uma das patologias com maior mortalidade, sendo a laparotomia mediana um procedimento frequente para sua resolução. Além dos riscos inerentes ao procedimento cirúrgico, as complicações associadas à linha de incisão devem ser consideradas, pois interferem diretamente no sucesso do procedimento e até na sobrevivência do animal. Nesse contexto, apresentamos observações quanto ao uso de esponja de colágeno (biocarreador) impregnada com antibiótico no fechamento abdominal de égua submetida a laparotomia para resolução de cólica obstrutiva em cólon menor. A síntese da parede abdominal foi realizada com padrões de sutura padrão em dois planos: músculo reto abdominal e pele subcutânea. Esponjas de colágeno impregnadas com sulfato de gentamicina (1,65 mg/kg) foram colocadas entre a parede abdominal e as suturas da pele subcutânea. Os cuidados pós-operatórios foram com AINEs e antibióticos sistêmicos e curativos padrão (antissepsia tópica). Durante o curto internamento foi realizada observação diária da ferida operatória e acompanhamento clínico com evolução muito positiva comparativamente a outros procedimentos anteriores, sem adição do biotransportador. A cicatrização da pele evoluiu com mínima formação de edema e exsudato, mantendo a união das bordas da incisão durante o período hospitalar, até a retirada dos pontos cutâneos (14.º dia), e alta no dia seguinte. De acordo com esses resultados, e comparando-os com o histórico de complicações em feridas cirúrgicas vivenciadas, acreditamos que o uso de esponjas de colágeno impregnadas com antibióticos pode ser considerada uma alternativa viável e aplicável na prevenção de infecções incisionais.
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